A Calatonia, consiste numa técnica de relaxamento vibracional pois trabalha os três níveis, mental, emocional e físico, através de toques sutis em diferentes partes do corpo, mas basicamente nos pés. Criada pelo professor Dr. Pethó Sándor. História.
Pethó Sándor, nasceu em 28 de abril de 1916, em Gyertyamos, região que então compreendia o sul da Hungria, e hoje compões a Iugoslávia.
O inicio da 2ª Gerra Mundial trouxe uma sequencia de eventos dolorosos que interromperam sua vida até então tranquila. O avanço das tropas russas obrigou a família a deixar a Hungria em busca de segurança em abril de 1945.
Durante esse período, Sándor trabalhou para a Cruz Vermelha em campos de refugiados. Lá começou a experimentar um toque suave e manipulações lentas nas partes distais (nos pés, mãos, cabeça) do corpo do paciente, para ajudar a aliviar a dor, física ou emocional, estresse e sofrimento. Foi dessa forma carinhosa e intuitiva que Sándor, criou a sequencia de toques conhecida como Calatonia.
No Brasil (desde 1949), atuou como destacado psicoterapeuta junguiano, tornando-se um dos principais profissionais da comunidade de psicólogos pela profundidade e abrangência de seu método integrativo. Calatonia é uma expressão que “indica um tônus descontraído, solto, mas não apenas do ponto de vista estático e muscular.” E sua atuação vai além do nível apenas muscular, promovendo também “reorganizações psico-fisiológicas” em vários níveis.
O professor Sándor expôs em seu livro Técnicas de relaxamento a origem do termo “calatonia”. Segundo Sándor, em grego o verbo khalaó possue vários significados: “relaxamento”, “afastar-se do estado de ira, fúria, violência”, “abrir uma porta”, “desatar as amarras de um odre (espécie de saco feito de pele, us. para transporte de líquidos)”, “deixar ir”, “perdoar os pais”, “retirar todos os véus dos olhos”. É interessante notar que, com essa observação concisa, como era de seu feitio, Sándor apontava para a consideração da calatonia como um método amplo e relacionado a aspectos da psicologia profunda.
Calatonia significa ainda, literalmente, “tônus adequado”, o que traduz de forma concreta os efeitos observados com esse relaxamento. A observação e o relato desses resultados têm sido efetuados por um grupo de algumas centenas de terapeutas ao longo de mais de cinco décadas. A adequação do tônus, também denominada por Sándor de “recondicionamento fisiopsíquico”, pode ser descrita em três níveis: físico, emocional e mental.
• Nível físico: Relaxamento muscular, descontração muscular, regulação de diversas funções vegetativas, como: respiração, circulação sanguínea e linfática, batimentos cardíacos, funcionamento visceral, temperatura e pressão arterial.
• Nível emocional: Correspondente relaxamento e regulação do “tônus afetivo”, isto é, reorganização das emoções carregadas de forma desequilibrada por acontecimentos cotidianos e pelos diversos níveis de conflitos inconscientes.
• Nível mental: regulação do “tônus mental”, com eliminação dos diversos conteúdos mentais espúrios, condicionados pela exposição diária a enorme quantidade de estímulos, e, em nível mais profundo, superação das categorias mentais condicionadas pela educação e cultura vigentes.
Todos esses três níveis da vivência humana incluem aspectos considerados “inconscientes”. No nível físico, as funções corporais descritas são funções do sistema nervoso vegetativo ou autônomo, isto é, independente do comando da consciência. Aqui se pode constatar como a vivência do ser humano é, básica e essencialmente, inconsciente. Por exemplo, se não respiramos, logo morremos, mas quem comanda essa primordial função é o sistema nervoso autônomo.
Para aplicar a calatonia, toca-se de forma muito leve — “como alguém que quisesse segurar uma bolha de sabão” — as falanges distais dos dedos dos pés, usando para isso os dedos correspondentes das mãos. A seqüência médio/indicador/ anular/mínimo/hálux corresponde à hierarquia dos elementos terra/água/fogo/ar e sua síntese (tal como explicado no capítulo sobre a astrologia). Em seguida, toca-se a sola dos pés em dois pontos: logo abaixo do arco plantar e logo acima do osso calcâneo. O oitavo toque ocorre sustentando-se o calcanhar e ao redor dos maléolos. Depois, toca-se o início da “barriga da perna” na convergência do tríceps sural.